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Daniel CPD e seu sorriso farto |
“Ele mostrou a grandeza do
clube e me sou um tricolor fanático. Falem mal de mim, falem mal de qualquer
coisa, não fale do meu tricolor porque dá até briga. É tenso”, diz.
Falo aqui do querido
Daniel CPD que pratica a Bocha e tem planos para o futuro. Ele diz que ai
quebrar barreiras e conquistas novas metas. “Vencer minha dificuldade e ir além
dos meus limites”.
Talvez por essa ousadia
ele tenha feito uma escolha digamos “punk” já além de ser cadeirante ele também
tinha medo de altura, fato que mudou depois da experiência com o parapente. “Foi
tudo muito intenso e quebrei duas barreiras barreira. Amei tudo e agora penso
em saltar de paraquedas. Quero mostrar que podemos fazer tudo, claro que com todas
as normas de segurança” esclarece.
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A liberdade nos céus |
Ele é alegre e diz ser bem
difícil vê-lo triste ou a reclamar. “Hoje em dia quem não tem um sorriso no
rosto não vive. Muito preferem reclamar e nada fazer. Procuro sempre focar nos
desafios e costumo dizer que o céu é o meu limite. Tenho muitos sonhos e um
deles é de chegar a uma seleção brasileira, dentro do meu esporte, representando
o meu Fluminense” dispara.
Ainda tem guardado um
meião e um short do Fluminense dado pelo padrasto e nas memórias uma linda
lembrança. Ter essas relíquias de infância guardadas vale mais que ouro.
A primeira vez que pisou
no Maracanã foi em 2001. Era a final do Brasileirão contra o Botafogo e o
Fluminense vence a partida pelo placar de 2 x 1.Ele afirma ter vivido um
momento mágico. “Sem explicação. É um tipo de sentimento que não te como
descrever. Foi maravilhoso, espetacular ver a torcida gritando. É um amor que
bateu e ficará para sempre”, explica.
Projeto de Acessibilidade
Atualmente cuida da
divulgação de um projeto que tem como tema principal a acessibilidade dos
cadeirantes e todos os tipos de deficientes aos estádios. Com o “Futebol é para
Todos” ele pretende alertar aos órgãos competentes sobre a questão importante.
“O acesso para nós é bem
complicado. No Maracanã é tranquilo. Só que em outros estádios nem tudo
funciona. Um exemplo? Fui assistir ao final da Liga Sul – Minas e para
conseguir ficar na arquibancada, meus amigos precisaram me pegar com a cadeira
para colocar aonde eu queria assistir. Quero mostrar isso para todos. O Futebol
transmite amor e esse sentimento é para todos. Assim como um andante vai, o
cadeirante também tem o direito de curtir um futebol”, explica.
Sem deixar de citar o caso
da briga que houve em Minas onde a polícia partiu para cima dos tricolores. “Se não fosse o pessoal ficar na minha frente, acho que eu nem estaria aqui hoje.
Deus foi maior e posso te contar isso hoje. Foi tenso. Eles começaram a atirar
e como eu faria para subir? Levei até um prejuízo nisso pois quebrei a minha
cadeira”, relata.
O projeto visa levar a paz
aos estádios e sobre o acesso e a segurança, dentro e fora deles. “Realmente
estou determinado a melhorar as coisas para todos os deficientes. Um cego tem
todo o direito de estar lá e curtir o futebol dele. Acho que seria bem legal se
eles pudessem ter alguém do lado narrando o jogo” diz.
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Seus parceiros do time de Bocha |
Deficientes também são
apaixonados pelo futebol e o esporte é paixão e vida para todos. E quem disse que um cadeirante é incapaz de
cometer uma loucura pelo Fluminense esta por fora.
Assim que ganhou sua
cadeira motorizada, aprontou uma com sua avó. Ele disse a ela que ia pegar um
cineminha e colocou a camisa e saiu carregando sua bandeira encantada. Na real
o seu destino era o Maracanã. “Disse a ela que passaria um filme do Fluminense
e que precisava levar aquelas coisas. O jogo foi Fluminense x Coritiba. Cheguei
em casa quase meia noite e ela estava brava” confessa meio tímido.
E essa sua relação com tal
bandeira é das antigas. Fica sempre comigo durante os jogos. Ela dá sorte. É
sagrado eu ficar com ela nas mãos. Indo ao estádio ou não a bandeira fica
comigo. “Aonde quer que eu esteja, sempre vou levar as cores que herdei verde,
branco e grená”.
Ídolos
“Queria ter visto o Castilho
jogar. Ele mostrou tanto amor pelo clube que se tornou um dos maiores ídolos do
clube. Fez por amor e isso não tem explicação. Esse cara foi impressionante.
Ele tirar um pedaço do seu corpo para defender a camisa tricolor é incrível”
comenta.
E dos que viu jogar cita o
Conca. “Ele foi um ídolo porque sempre entrou em campo com raça, dava sempre
seu melhor e honrou nossa camisa”.
Pergunto a ele o que um
jogador precisa para defender nosso manto tricolor?
“Ter amor e força. Saber
que vestir uma camisa com nosso escudo o cara tem que ser forte” responde.
E engatamos o papo com os
títulos inesquecíveis. “Foi o de 2012. Fluminense x Palmeiras, em São Paulo.
Sem comparação, foi o melhor e marcou a minha vida. Inesquecível marcado pra
sempre na memória. Por ser em cima de um grande rival e pelos três gols feitos
pelo Fred. Jogo mais emocionante também”, afirma.
E uma Tristeza?
“A final da Libertadores
contra a LDU. Foi um jogo complicado e muito triste para todos nós. Não fui a
esse jogo. Sofrimento absurdo de dor. O amor que sinto pelo Fluminense não tem
explicação. Quando olho para o escudo ou uma bandeira me vem amor. Nada quero
ver nosso clube ganhar muitos títulos, entre eles a Libertadores e outro
Mundial” conta.
E nosso atleta coloca
realmente tudo acima do clube, menos Deus, e já teve problemas de
relacionamento pela paixão.
“Comecei a namorar uma
menina e nós víamos de 15 em 15 dias e ela começou a implicar com o futebol. Está
certo que quando tinha jogos do Flu eu dava uma desculpa a ela e isso a deixava
chateada. Até que um dia ela ficou muito irritada e me colocou na parede e
perguntou ou ela ou o Fluminense. Como sou fiel e jamais vou trair o meu time,
terminamos. Um dia chega uma mulher tricolor e que goste de futebol, para dividirmos
esse grande amor. Aí será perfeito” encerra.
Meu desejo? Te ver
defender a camisa Tricolor.
Gratidão!
Saudações Tricolores!!!
Um presentinho...
Esse é Guerreiro bato Palmas pra ele. Excelente Carlinha.
ResponderExcluirEsse é Guerreiro bato Palmas pra ele. Excelente Carlinha.
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