segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Fluminense, trem e ritalina




Sabe o que é um domingo perfeito? Acordar seis da manhã toda feliz por que é dia de jogo do Fluminense. E não importa aonde seja ou como vamos, o importante é entrar na corrente e seguir o fluxo. E é assim que meu sangue verde, branco e grená percorre minhas veias e me move com paixão.

Eram seis e meia quando recebi a ligação da Jennyffer para me acordar. Levantei cheia de disposição e me preparei para o evento. E toda orgulhosa com minha linda camisa da Young Flu, #vistobranco, sai da sede com o meu bonde e caminhei até a estação de trem. Aquela massa dos brancos andando em formação. O núcleo feminino unido. E nossa escolta ficou por conta do meu, do seu e do nosso mestre Carlinhos Capeta.

E a sensação é de um nervosismo, uma ansiedade de querer chegar logo. E nada do trem. Olhava para o rosto dos amigos e só conseguia ver uma espécie de felicidade agitada e aquele sorriso farto. Eu entro num transe e creio que naquela estação do Méier a maioria também foi tomada por esse sentimento verde, branco e grená. Eis que chega o trem.

E nele embarcamos rumo a Edson Passos onde o nosso tricolor disputaria uma partida contra a Ponte Preta. E assim que entrei no vagão fui saudada de uma maneira inusitada e que me deixou meio tímida e feliz, porque não dizer. Um grupo de tricolores em referência aos meus cabelos ruivos se uniu a cantar:

“E o, E o

Ritalina é Tricolor!!!

Dei uma gargalhada até pela criatividade dele em unir o remédio para TDAH e a Rita Lee. Essa era eu, Carla. Inclusive minha querida Carla Jorge estava no mesmo vagão e bem perto de mim, ela é uma testemunha ocular da festa. E como criatividade não tem fim, logo na sequência outro canto:

“Lanca, Lança perfume.. E o, E o, Ritalina é Tricolor”.

Detalhe: nunca os vi na vida. O amor ao Tricolor nos oferece essas situações inusitadas e perfeitas. E essa festa rolou até Edson Passos mesmo com os vagões lotados. Meninos lindos! Muito grata pelo carinho!

E finalmente chega a estação e lá vamos nós. Uma massa de queridos envergando com orgulho o seu manto tricolor. Alguns de branco; outros de verde; e os que optaram pela camisa das três cores, todos numa caminhada frenética cantando os hinos da torcida e do clube.

Para subir as escadas eu e Carla Jorge fomos muito guerreiras ao passar por um mínimo espaço entre a grade da estação e a escada. A piada interna é só nossa amada.
E nesta subida parece que o coração acelera e inicia-se um processo de “que bom que cheguei. Vai começar o show do meu tricolor”.

Ir de trem é para os fortes e manter-se unido é bem difícil. No entanto, logo encontro a galera da Young em frente ao estádio e agilizo para conseguir meu ingresso. Uma coisa importante que devemos debater é essa quantidade de Cambistas cobrando até 200 reais num ingresso. Isso é absurdo!

Como eles conseguem comprar tantos? Ninguém pode responder a esta pergunta e tomar providências? O torcedor quer estar junto e, infelizmente, muitos ficaram de fora neste jogo por essa situação: ingresso na mão do cambista.

Entramos eu, Camila, Natália, Gabriela e Juliana no setor B. Não conseguimos comprar o setor C, onde a Young Flu estava e depois de implorarmos para o segurança passar para o lado C sem sucesso decidi sair. Foi impossível ver a partida e no intervalo fui estar com os meus do lado de fora.

Uma das melhores coisas nos dias de jogo é rever amigos de longa data, como o Affonso, o Alexandre, Claudinho, vi de longe o Luís Cesar e o Marcelo Terra. Encontrei com a Paty subindo correndo as escadas para pegar o trem que chegava. E também tem o lado onde conhece alguns que, até então, tinha contato através do Facebook, como a Lu Fluzão e a Silvia.

E eu consegui entra no trem lotado e apesar de estar espremida no meio dos outros tricolores a sensação de vitória com 3 gols era maior que tudo. Agradeço ao Bruno pela segurança.

Antes de voltar para a sede, dou uma passada o Rato e vejo aquele bar da Young e as bandeiras sendo colocadas nas paredes ao redor. Ao muito tudo isso. Agora rumo da sede e minha gratidão ao Hugo, do núcleo de Cabo Frio pela carona.

E no meio de todas essas coisas, o inesperado. E nunca esquecerei aquele pé de árvore e o sofá laranja.

Saudações Tricolores!!!!




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