Sabe o que é um domingo
perfeito? Acordar seis da manhã toda feliz por que é dia de jogo do Fluminense.
E não importa aonde seja ou como vamos, o importante é entrar na corrente e
seguir o fluxo. E é assim que meu sangue verde, branco e grená percorre minhas
veias e me move com paixão.
Eram seis e meia quando
recebi a ligação da Jennyffer para me acordar. Levantei cheia de disposição e me
preparei para o evento. E toda orgulhosa com minha linda camisa da Young Flu,
#vistobranco, sai da sede com o meu bonde e caminhei até a estação de trem.
Aquela massa dos brancos andando em formação. O núcleo feminino unido. E nossa
escolta ficou por conta do meu, do seu e do nosso mestre Carlinhos Capeta.
E a sensação é de um
nervosismo, uma ansiedade de querer chegar logo. E nada do trem. Olhava para o
rosto dos amigos e só conseguia ver uma espécie de felicidade agitada e aquele
sorriso farto. Eu entro num transe e creio que naquela estação do Méier a
maioria também foi tomada por esse sentimento verde, branco e grená. Eis que chega
o trem.
E nele embarcamos rumo a
Edson Passos onde o nosso tricolor disputaria uma partida contra a Ponte Preta.
E assim que entrei no vagão fui saudada de uma maneira inusitada e que me
deixou meio tímida e feliz, porque não dizer. Um grupo de tricolores em
referência aos meus cabelos ruivos se uniu a cantar:
“E o, E o
Ritalina é Tricolor!!!
Dei uma gargalhada até
pela criatividade dele em unir o remédio para TDAH e a Rita Lee. Essa era eu,
Carla. Inclusive minha querida Carla Jorge estava no mesmo vagão e bem perto de
mim, ela é uma testemunha ocular da festa. E como criatividade não tem fim,
logo na sequência outro canto:
“Lanca, Lança perfume.. E
o, E o, Ritalina é Tricolor”.
Detalhe: nunca os vi na
vida. O amor ao Tricolor nos oferece essas situações inusitadas e perfeitas. E
essa festa rolou até Edson Passos mesmo com os vagões lotados. Meninos lindos!
Muito grata pelo carinho!
E finalmente chega a
estação e lá vamos nós. Uma massa de queridos envergando com orgulho o seu
manto tricolor. Alguns de branco; outros de verde; e os que optaram pela camisa
das três cores, todos numa caminhada frenética cantando os hinos da torcida e
do clube.
Para subir as escadas eu e
Carla Jorge fomos muito guerreiras ao passar por um mínimo espaço entre a grade
da estação e a escada. A piada interna é só nossa amada.
E nesta subida parece que
o coração acelera e inicia-se um processo de “que bom que cheguei. Vai começar
o show do meu tricolor”.
Ir de trem é para os
fortes e manter-se unido é bem difícil. No entanto, logo encontro a galera da
Young em frente ao estádio e agilizo para conseguir meu ingresso. Uma coisa
importante que devemos debater é essa quantidade de Cambistas cobrando até 200
reais num ingresso. Isso é absurdo!
Como eles conseguem
comprar tantos? Ninguém pode responder a esta pergunta e tomar providências? O
torcedor quer estar junto e, infelizmente, muitos ficaram de fora neste jogo
por essa situação: ingresso na mão do cambista.
Entramos eu, Camila,
Natália, Gabriela e Juliana no setor B. Não conseguimos comprar o setor C, onde
a Young Flu estava e depois de implorarmos para o segurança passar para o lado
C sem sucesso decidi sair. Foi impossível ver a partida e no intervalo fui
estar com os meus do lado de fora.
Uma das melhores coisas nos
dias de jogo é rever amigos de longa data, como o Affonso, o Alexandre, Claudinho,
vi de longe o Luís Cesar e o Marcelo Terra. Encontrei com a Paty subindo
correndo as escadas para pegar o trem que chegava. E também tem o lado onde conhece
alguns que, até então, tinha contato através do Facebook, como a Lu Fluzão e a
Silvia.
E eu consegui entra no
trem lotado e apesar de estar espremida no meio dos outros tricolores a
sensação de vitória com 3 gols era maior que tudo. Agradeço ao Bruno pela
segurança.
Antes de voltar para a
sede, dou uma passada o Rato e vejo aquele bar da Young e as bandeiras sendo colocadas
nas paredes ao redor. Ao muito tudo isso. Agora rumo da sede e minha gratidão
ao Hugo, do núcleo de Cabo Frio pela carona.
E no meio de todas essas
coisas, o inesperado. E nunca esquecerei aquele pé de árvore e o sofá laranja.
Saudações Tricolores!!!!
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