O apelido ganhou da
madrinha, que o achava o menino mais carinhoso e afetuoso do mundo e quando
Wellington da Silva entrou para a Young Flu, os componentes decidiram
aproveitar o Fofo, que veio de berço.
Seu amor pelo Fluminense
começou através da amizade com o Alex, o Pinto, integrante da Young Flu, da
Piedade.
Fofo costumava ver os
jogos pela televisão e quando ia aos estádios era na companhia do primo, e como
era muito menino não tinha ainda noção de futebol. Foi o amigo Alex que o
introduziu no meio e prometeu que o levaria para assistir a um jogão.
E essa partida foi nada
menos do que um Fla x Flu, com vitória do nosso tricolor por 3 x 2.
“Quando eu vi aquela festa
da torcida eu me encontrei. Me apaixonei pelo clube e pela Young Flu e o Alex
me levou lá na antiga salinha na rua Dias da Cruz e comecei na Torcida
Organizada”, conta ele.
Foi apresentado a todos e
a partir daí se engajou nessa trajetória de torcida organizada, de onde nunca
mais saiu.
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Fofo na Sede da Young Flu |
“Através da Young Flu
conheci o mundo. Fiz muitas amizades pelo Brasil. Tenho contatos em Belém do
Pará, com o pessoal do Remo. Fui conhecer e fiquei quase dois meses por lá,
tamanha a identificação. Agradeço por todas as amizades que fiz. Isso aqui é
uma família”, conta ele.
As
Caravanas Maravilhosas
Sua primeira foi para
Coritiba, saíram dez ônibus do Rio, infelizmente o Fluminense não ganhou a
final, mas isso não o fez perder aquela vontade de estar sempre junto dos seus.
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Encontro de Tricolores na sede da Young Flu |
“Teve um Fluminense x Botafogo
que aconteceu em Juiz de Fora e a nossa caravana estava na frente. No entanto,
logo os camisas pretas começaram a aparecer de todos os lados na linha vermelha.
Eles não viram que tinha mais tricolores e ficaram no meio. Teve um fight e vi
muitos botafoguenses pulando naquele valão para fugir, pois ficaram no meio da
gente. A linha vermelha ficou interditada por uma hora, foi uma confusão
danada. Até que chegaram as viaturas da polícia para apartar a confusão”, recorda.
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Fofo, Magal e Fael |
Outra ocasião foi num jogo
contra o Palmeiras. Chovia muito e a partida seria as seis da tarde. “Na saída
do estádio, encontramos com o pessoal da Mancha Verde e com a polícia paulista,
que acha que carioca é bicho. Não acabou bem o encontro”, conta ele.
Pergunto se em algumas
dessas situações ele já sentiu medo?
“Claro que sim. Teve um jogo
contra o Palmeiras também e o nosso ônibus quebrou na serra e sabíamos que a
torcida do Botafogo estava para passar pelo mesmo caminho. Tivemos que sair do
veículo e nos esconder na mata para evitar uma confusão maior. Estávamos em
menor número, em ônibus só, o resto dos nossos já tinha ido. Foi a atitude mais
sensata”, comenta.
E vale a pena passar por
esses perigos?
“Vale, quando você ama
você faz. Já viajei sem um real para Limeira, fomos de Kombi no maior sufoco e
eu não me arrependo. Fizemos baldeação e passamos por Campinas e contamos com o
apoio do pessoal do Guarani. E olha que não faltava nada”, diz ele
Rituais
Tenho uma camisa antiga da
Young e mesmo quando não vou para o estádio ela fica comigo. Já me ofereceram
grana por ela e eu nunca pensei em vender, ela é especial, da época do seu Armando
Giesta. Ganhei de um amigo que nem me conhecia direito, mas sabia do meu amor
pelo Fluminense. É meu símbolo”, revela.
Quando não vai aos
estádios, Fofo prefere assistir as partidas sozinho e sem aqueles comentários
de ninguém em seu ouvido. Ele odeia.
E foi assim que viu seus
maiores ídolos em campo. Magno Alves, do Roger, Thiago Silva e queria ter visto
jogar o casal 20. “Não tive esse prazer”.
E com o Romerito ele tem
uma estória linda para contar.
“Fluminense foi campeão e
2012 e a nossa torcida foi a única que conseguiu entrar no granado. Comorando o
título em pleno do Maracanã. Quando eu vi o Romerito não me contive, fui ate lá
falar com ele e o coloquei nos ombros. Comemorei título com o meu ídolo nos
ombros. Foi maravilhoso”, diz ele.
Qual foi a sua partida inesquecível?
“Meu título especial foi
aquele em que Renato Gaúcho calou a torcida do Flamengo no último segundo.
Mesmo não estando no Maracanã, eu vibrei e nunca mais esquecerei. Assisti num
bar, com alguns flamenguistas, que são igual ratos e em qualquer lugar tem, e
foi tarefa árdua aturar as zombarias até que o Renato iluminado fez o dele. O
bar ficou quietinho, um silêncio total. Tiveram que me engolir”
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O Gol de Barriga de Renato Gaúcho |
E tem o outro lado da
moeda. Se Renato lhe ofertou tamanha alegria, também o fez sofrer com a derrota
na Copa Libertadores. “Foi terrível. Perdi o chão totalmente, me deu vontade de
sumir e até pensei em largar o futebol, mas não consegui. Meu amor pelo
Fluminense foi mais forte”, admite.
E o que é ser Tricolor?
“Sem palavras para definir
esse sentimento enorme que habita o meu peito. São muitas coisas boas,
amizades, amor, só tenho que agradecer por ser tricolor. Sou feliz e realizado
toda vez que vejo nosso elenco entrar em campo vestido com a camisa mais bonita
do mundo”, encerra.
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