Antes de qualquer coisa é preciso reafirmar que não
existe nada maior do que a paixão pelo clube de coração para qualquer torcedor
que se preze. Esse amor o leva até as arquibancadas dos estádios, faça chuva ou
faça sol, o leva a cantar para empolgar seu time, o leva a chorar e a sorrir. O
leva a grita gol e a ficar rouco no final da partida. São sentimentos que só
quem sente consegue entender.
E quando dizem: “Nós somos a história”, esse nós é a
torcida tricolor que na manhã desta sexta-feira esteve presente nas Laranjeiras
para protestar. Meu amigo Renan, do nono núcleo Zona Oeste da Young Flu estava
lá e ele compareceu por “estar cansado de ver um time acomodado, sem raça e sem
vontade de jogar.” Renan também está farto de ouvir as declarações do atual presidente
sobre a construção do CT e nem uma palavrinha sobre a possível contratação de
reforços, o que Peter prometeu com a saída do Frederico Guedes. Renan, assim
como todos nós, quer um elenco de guerreiros de verdade que entre em campo e
honre a camisa mais bonita do mundo.
E já que citei o Frederico Guedes, não me venham
dizer que esta má fase tem a ver com sua saída do clube. Até 2012 sou grata a
ele. Em 2013 conquistamos o título da Liga sem sua presença em campo. Fora
isso, ainda em 2013 com o Frederico em campo, nada alcançamos.
Nosso time é fraco e os erros individuais são
gritantes, nítidos e pontuais. Aquela sintonia fina necessária não existe e a
impressão que tenho é a de que cada um joga o pouco que sabe, numa tentativa de
livrar o seu da reta. Um time sem referência não funciona, não cria, não ataca,
não arma jogadas, não chuta a gol.
Contra o Santos, a goleada não aconteceu pelo
inacreditável. Não temos defesa, os laterais são fracos e não seguram. Me digam
o que é o Pierre? Ele era o terceiro reserva do Atlético Mineiro e agora é
titular do meu Fluminense? Por favor!
Para completar nosso querido presidente vende mando
de campo e isso faz com que as viagens constantes acabem com os treinamentos
necessários. O Técnico sem tempo hábil para treinar o elenco e o elenco sem ter
como descansar.
O Fluminense só voltara a ser o Fluminense que
queremos quando Peter Siemsen for embora e levar com ele todo e qualquer
resquício de sua administração ineficiente e fadada ao fracasso, palavra que
não combina com a elegância tricolor.
E com essa sequência irregular do time no Brasileiro
deste ano, o que querem da torcida? Que fiquemos quietos em casa enquanto o
elenco luta por pontos necessários para permanecer na série A?
Já vimos esse filme.
Então, com todo o respeito, peço ao técnico Levir
Culpi, que deve agradecer de joelhos a oportunidade de ser o comandante
tricolor que seja mais prudente com as palavras, principalmente quando elas
forem ditas para a nossa torcida.
“Eu não sei se eles estão cumprindo o horário da
escola. Espero que nenhum deles passe mais de cinco anos sem estar num curso
superior. E acho que eles vão entender o que é a democracia. Temos que pensar
em engajar eles mais com a política do que com o esporte. Mas eles são
apaixonados pelo clube, e quando tem paixão você faz coisas precipitadas. Já
fiz isso com minha mulher", disse Levir Culpi, sobre os protestantes nas Laranjeiras.
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