terça-feira, 26 de julho de 2016

Lucio e o Fluminense cravado na pele

Lucio e Nina no primeiro Fla x Flu no Maracanã em 2015
Aos cinco anos Lucio Gomes ganhou a primeira camisa tricolor de seu pai, que apesar de não comparecer aos jogos sempre os ouvia em seu radinho, e tentou fazer a mesma coisa com o seu outro irmão. No entanto, este se transformou em botafoguense. E no final da história a grande alegria de Lucio é afirmar com muito orgulho que “a minha família é formada por Tricolores e alguns botafoguenses. Graças a Deus não tem mulambo”.

E o seu grande amor começou no dia em que seu pai lhe presenteou com o nosso manto tricolor.  

- Foi amor à primeira vista. Adoro mais o Fluminense do que muitas coisas em minha vida. Meu clube é prioridade, conta.

Meu amigo envergando nosso manto sagrado
 E ainda carrega na lembrança com grande carinho as duas vezes que seu pai o levou para ver o Fluminense jogar no Campo Grande Atlético Clube, em 1987.

- Nesse tempo o Campo Grande era quase imbatível. Era um time de subúrbio que jogava de igual contra um time grande. Assim descobri o que era estar junto daquela torcida maravilhosa a cantar para incentivar nosso tricolor, relembra.  

E quando ficou mais velho finalmente pisou no Maracanã e parou perto da torcida Young Flu, outra paixão, e se uniu ao nono núcleo de Santa Cruz. E foi nesta fase da adolescência onde Lucio fez de seu quarto um pequeno santuário para seu clube amado ao colar nas paredes inúmeros pôsteres com os times campeões e de alguns de seus ídolos.

- Mamãe brigava comigo e de nada adiantava. Eu pregava tudo e tinha várias relíquias enfeitando as paredes. Colecionava álbuns. Tinha um pôster do time de 1995 e o da Taça Guanabara de 1991. Era meu lugar de celebrar meu grande amor, conta sorrindo.

E meu amigo tem alguns rituais em dias de jogo e ele não sente vergonha nenhuma em confessar.

- Tenho uma camisa da sorte e dois bonés que ganhei de um amigo e são muito especiais. A camisa foi usada por um jogador reserva, que não me recordo o nome, num jogo contra o Grêmio em 2012. Fora a que minha esposa me deu de presente e uma grená, pela qual apaixonado. Alterno essas blusas para assistir aos jogos.

Super Ézio
E ele guarda no coração alguns nomes muito especiais de grandes craques que viu jogar. Cita Paulo Victor, Magno Alves, Marcão, Romário, Edmundo, Roger, a dupla Assis e Washington, o Coração Valente e Romerito. São caras que deram o sangue e honraram a camisa do Fluminense. E daria tudo para ver o Castilho em campo, tamanha a sua admiração. Agora seus olhos brilham quando fala o nome do Ézio.

- O maior de todos foi o Ézio. Ele chegou ao Fluminense numa fase difícil e honrou o clube e fez o que pôde. Deu-me muito orgulho e fez gritar com seus gols e ser feliz. Ele era emblemático e tinha muito carisma com a torcida. Sempre se superou. Ídolo é o cara que dá sangue pelo time, que briga, dá carrinho, vai suar a camisa honrar o escudo do clube. Meu Fluminense é raça, suor, sangue e lágrimas, comenta.

E tem outro ex-jogador que um apreço especial: o goleiro Fernando Henrique. Segundo ele, o arqueiro salvou o tricolor nos jogos disputados pela Copa Libertadores em, 2008. “Ele sempre tirou o time das enrascadas. Quando ia para o gol era com o coração, colocava o Fluminense nas mãos e nas chuteiras e levava a gente longe” analisa.
E é impossível para Lucio esquecer-se do amigo Marcão, que mora em seu coração. Quando o jogador saiu do Bangu e foi para o Fluminense era meia e como não teve a oportunidade de jogar na posição, empenhou-se em atuar como primeiro volante e se deu bem. De 1997 a 2007 honrou o Fluminense e teve um jogo contra o Botafogo, na Copa do Brasil, que foi inesquecível. O empate garantia a classificação do Flu para a próxima fase da competição e aos 47 minutos do segundo tempo, Marcão foi lá e marcou o seu.

- Um cara que sempre se doou e até hoje ele está lá. A minha maior mágoa da diretoria do clube foi quando eles trocaram o Marcão pelo Wellington Monteiro e o Igor. Penso o seguinte, quando você tem um funcionário excepcional você te que dar valor a essa pessoa, assim como fez com outros.

Nina, o afilhado Jhonata e Lúcio no Maracanã

Jogos inesquecíveis

Todo Fla x Flu para ele é importante já que considera o Flamengo o maior rival. E ao perguntar sobre um jogo épico ele afirma que não foi a final da Libertadores, que ele infelizmente não consegui ir, e destaca as semifinais da Libertadores e da Copa sul-americana.

- Agora teve um jogo que me marcou muito, durante a terceira divisão. O Fluminense jogou em Edson Passos e o time estava mal e a torcida levando o time, cantando, botando o time pra frente. Vencemos com um gol do Roger ou do Marcão, não me lembro, faz muito tempo.

Coisas que só os mais antigos puderam assistir. Ele diz que ser tricolor é uma mistura de emoções, que vai do sofrimento a alegria extrema.
- Essa nova geração meio modinha e cheia de “mimimi” não me agrada. Olho esses moleques de 18, 20 anos que não pegaram aquela fase. Tive que aturar piadinhas dos rivais, que nem sequer sabem da nossa história. Não consigo largar de mão, o Fluminense é meu maior vício.

E com certeza seu pior momento como tricolor foi o rebaixamento. Ele nunca achou que nosso clube passaria por tamanha humilhação por toda a grandeza que representa dentro do futebol brasileiro. 

- Nunca morri. Só que acho que isso foi pior do que a morte. Eu não acreditei. Em 1997 fiquei transtornado e em 1998 foi outra morte. É a pior dor que um torcedor tem. E ainda ter que ouvir que subimos no tapetão. Acho que consegui morrer duas vezes ao mesmo tempo, se isso é possível. No entanto minha paixão é maior do que tudo isso, sou louco pelo Fluminense.

O casal  Love
E por ser louco assim e ariano de natureza, Lucio conta com a ajuda da sua fada madrinha, a esposa Nina Garcia, que o acalma nas situações de risco. Ela prefere acompanhá-lo em dias de jogos por saber do pavio curto do marido.

- Ela não gosta que eu saia sozinho porque acha que eu vou brigar com alguém. E me acompanha sempre no Maracanã, num barzinho ou em casa. E se eu começar a viajar de novo, ela vai junto. Agora o mais legal foi ter transformado uma vascaína em tricolor. Acho que sou bom nisso. Ela ainda me sacaneia e diz que é “vasminense”. Corto logo a onda dela. “Tem isso não, amor você é tricolor”, conta brincando.

O Fluminense é a sua família e como esse amor foi passado de pai para filho é mais incondicional ainda e afirma que “hoje estou até mais calmo. Antes eu brigava com quem falasse mal, não tinha noção. Amadureci e aprendi a usar mais a razão. Ao menos tento. Só que o Fluminense está cravado na minha pele” diz.

E o que deseja para nosso Fluminense?

- Campeão do Mundo nós já somos, 1952. A FIFA não tem como negar. Agora eu quero a Libertadores e ser bi do mundial. Quero que o Fluminense ganhe o mundo. E também passar aqueles mulambos imundos no estadual. Parece que nossos presidentes não tomaram vergonha na cara e nos colocaram em segundo plano. Nós temos sempre que estar à frente do Flamengo em tudo. Dois estaduais atrás deles não engulo. Temos que ganhar mais três Brasileiros para passar esses imundos. Eles são nossos filhos, eles têm que nos aturar, não o contrário.

E sobre sua vida pessoal deseja o Fluminense conquiste o céu e levar meus filhos com seis meses para ver um jogo no Maracanã e diz que eu estarei lá junto com o casal para registrar o momento com direito a matéria e foto.

- Esse será meu legado e vou ensinar as meus filhos uma coisa importante que aprendi na vida: Nunca abandone aquilo que ama de verdade por pelas derrotas, finaliza meu parceiro tricolor.






sábado, 23 de julho de 2016

Arthur Pacheco um Guerreirinho do Futsal


Arthur num dos treinos
O Fluminense sempre foi considerado um celeiro de talentos em suas bases e hoje apresento a vocês um menino muito especial e cheio de habilidade quando o assunto é bola. Trata-se de Arthur Pacheco que aos onze anos que integra a equipe de futsal do nosso Fluminense. É um ágil meia que ainda dará muito o que falar.

E sua mãe Carla Pacheco me conta que o talento nasceu com ele e tudo começou de repente. Ele jogava no campinho da praça perto de casa e foi tomando gosto pela bola. Até que a mãe o colocou num desses projetos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro para levar o futebol a todos os cantos da cidade. E assim que ele chegou lá e o professor o viu jogar não tardou a dar a dica a seus pais: “Coloquem esse menino numa escolinha. Ele é bom de bola e vai render”.

E esse professor realizou um torneio, dentro desse projeto, e o Arthur simplesmente foi o artilheiro com onze gols. Com isso, seus pais começaram a buscar um lugar para o filho treinar. Como em Anchieta não tinha um clube, eles tentaram uma vaga no Pavunense Futebol Clube, em 2013, que tinha escolinha de futsal.

Carla ligou para pedir informações e foi atendida por um dos professores que a informou de um treino que seria realizado no mesmo dia à noite e pediu para que levasse o filho para uma avaliação.

E lá foram seus pais com o intuito de colocá-lo na escolinha, sem nenhuma pretensão. E o professor colocou o Arthur para jogar e no final chamou os dois e perguntou:

- “Vocês querem que seu filho jogue bola?”

-“Sim, é o sonho dele”, disse a mãe.

- “Quinta-feira terá outro treino e vou colocá-lo para jogar com o time. Ele tem muito talento para ficar na escolinha. E se me permitirem, quero inscrevê-lo para disputar o próximo torneio.


Arthur recebendo um dos seus prêmios

Foi uma alegria total, diz ela. E assim foi feito. Começou no Pavunense em 2013 e se destacou. Recebeu o troféu de destaque da competição da Liga Metropolitana do Rio. Foi agraciado com medalha de artilheiro.

Até que surgiu um jogo contra o Clube Maran, de Marechal Hermes, e o técnico logo percebeu o talento do moleque e o convidou para participar do time. Convite aceito. E o menino de destacou novamente a ponto de tornar-se capitão do time, camisa dez e o artilheiro e craque da rodada na competição Rio Futsal. E pela federação houve um jogo contra o Fluminense, cujo treinador já sabia das habilidades do pequeno.

Como ele não podia trocar de time durante o campeonato, o técnico tricolor disse à mãe que era preciso aguardar o craque jogar uma série ouro antes de poder levá-lo para seu clube de coração, o Fluminense.

Nosso craque e sua mãe Carla
E novamente Arthur brilhou e foi artilheiro da Federação marcando 29 gols em 2014. E neste mesmo ano disputou a Taça Bocão e conseguiram o título.

Foi quando houve o convite do Clube Magnatas Futebol de Salão, no Rocha, onde o menino jogou a série ouro em agosto de 2015 no sub 11. Mais uma vez ele foi campeão do time, artilheiro e recebeu prêmios por suas atuações.

E veio outro jogo contra o Fluminense e o convite finalmente aconteceu. O técnico chegou para a Carla e disse:

-Seu filho é habilidoso, muito bom de bola e com um treinamento específico num time grande ele renderá muito mais. Em janeiro começam os treinos e quero o Arthur com o time para o avaliarmos melhor.

O convite foi aceito imediatamente pelo menino e no dia 26 de janeiro de 2016 ele se apresentou ao Fluminense. E em fevereiro recebeu a notícia de que estava integrado ao Clube. E em final de março foi mandado para Xerém. E a mãe sempre cuidando do lado emocional de sua cria.

- A gente sempre sem muita expectativa de nada, sem deixar que ele ficasse de olho grande nas coisas, nem criar ilusões. Sempre disse que é treinando que se aprende, diz ela.

Arthur e um amigo de equipe com Magno Alves
Ele passou a treinar terça, quarta e quinta no campo no Vale das Laranjeiras e terça e quinta em quadra, nas Laranjeiras. E o mesmo treinador que notou o seu talento disse a Carla que o Arthur precisava habituar-se ao campo e recomendou a mãe que o levasse até a Portuguesa. A mãe topou a jornada e ao chegar lá o talento mais uma vez foi notado e o menino conseguiu integrar o elenco do clube.

- Foi mais uma alegria. O técnico me pediu para arrumar todos os documentos e eu tive que me virar em mil, pois o jogo era no domingo e eu teria pouco tempo para resolver tudo. Só que consegui. Ouvir do treinador que não poderia perder o meu filho no meio de campo foi o que me moveu. Só alegria. Fui com a intenção de iniciar um trabalho de campo e quando vi, ele já estava no time, conta a mãe emocionada.

Atualmente, treina no mirim sub 12 no Fluminense. Pode-se dizer que no alto dos seus 11 anos ele tem experiência e é bastante obstinado.

Ele segue os passos de um dos seus maiores ídolos, Cristiano Ronaldo, e treina incessantemente em busca da perfeição. No Fluminense seus olhos brilham com o futebol de Gustavo Scarpa.


A foto clássica do time Sub-12
- O Fluminense tem a melhor base em todas as categorias do futebol carioca. Tenho muito orgulho em vestir essa camisa que é a mais bonita do mundo. Meu maior sonho é chegar a ser um jogador profissional, diz o envergonhado Arthur.

E pouco antes da entrevista com sua mãe terminar, recebo um áudio muito fofo do meu mais novo ídolo:

“Obrigado Tia Carla. Obrigado pela torcida e apoio. Até a próxima”.

Obrigada a você querido por defender com honra essa camisa que tanto amamos.





quinta-feira, 21 de julho de 2016

Feliz Aniversário meu Fluminense!!!!

Hoje é dia de celebrarmos o aniversário de 114 anos do nosso Fluminense. É dia de sairmos nas ruas envergando a camisa tricolor com um sorriso farto e com os olhos transmitindo o brilho de nossas três cores. Dia também de agradecer ao ilustre Oscar Cox por fundar em 21 de julho de 1902 o Fluminense Football Club.

E o Amor Tricolor vai homenagear o aniversário do clube de uma forma diferente. O nascimento do Fluminense através da nova geração de torcedores, filhos de mães apaixonadas pelo tricolor e que fazem questão de disseminar este legado de amor incondicional, paixão, devoção e bem-querer.


Enny e Andy no Maracanã
Uma delas é Manoella Loureiro Vieira, integrante do Núcleo Feminino da Young Flu, que desde menina sonhava em ter um menino para poder levá-lo aos jogos com ela.

Como nem tudo acontece como queremos na vida, primeiro ela teve a bela Andy, com seis anos hoje, e orgulha-se em contar que desde os onze meses a pequena já balbuciava “Flu, Flu”.  Casada com um corintiano roxo ela fez um pacto com o marido de não influenciar os filhos. Só que no caso da Andy estava no sangue o amor pelo tricolor e ela pedia a mãe para comprar camisas para ela, tanto do Fluminense quanto da Young Flu.

E no ano de 2012, quando o nosso tricolor sagrou-se Campeão Brasileiro, nasceu a Enny, atualmente com quatro aninhos.

- A Enny gosta mais de ir para a sede e brincar com as outras amiguinhas. Quem ama ir para estádios é a Andy, essa sim é fanática, conta a mãe orgulhosa.

Andy defende com unhas e dentes o seu time. Manoella me contou um episódio engraçado ocorrido no primeiro jogo da filha em Volta Redonda.

-Fui até uma farmácia com ela e o farmacêutico brincou:

-Toda bonitinha assim você só pode ser flamenguista.

A pequena não se conteve e mandou a resposta imediatamente:

- O senhor está cego? Não vê a minha camisa do Fluminense. Eu sou Tricolor! Não sou de time de mulambo não!

E toda vez que a mãe vai aos jogos a pequena quer ir junto. No ano passado, quando perdemos o título carioca para o Botafogo no Engenhão, a mãe achou perigoso levá-la e a deixou com o pai. O resultado? A menina mandou uma mensagem pelo celular do pai muito indignada e ficou muito chateada com a mãe.

E agora ela, finalmente, ganhou seu menino o pequeno Andriy Gabriel, com seis meses e a história do seu nome é bem legal. Ela sonhava com Gabriel desde mocinha e o marido um fã do craque Andriy Shevchenko.

- Espero que ele ame o tricolor e me acompanhe aos jogos. Mas ele não será de pista, nem de brigar na rua. E quando ele estiver com uns quatro, cinco anos meu sonho é vê-lo se interessar pelo futebol. Eu falo para o pai dele que ele vai treinar em Xerém e terei o maior orgulho de levá-lo. Eu queria que ele fosse zagueiro, camisa três, e o pai defende a posição de atacante. Ele é que vai escolher o que for melhor para ele, conta.



Rachel Souza, do núcleo feminino da Young Flu, é mãe da linda Júlia, com quase quatro aninhos, e espera a chegada de Davi, para o próximo mês.

A Júlia não chegou a sair da maternidade com roupa do Fluminense, mas ela tinha muitas coisinhas fofas do time como sapatinhos, chupeta, tiara, vestidinho, babador entre outras coisas de meninas.

Aos três meses assistiu ao seu primeiro jogo ao lado da maravilhosa bateria de sua torcida.

- Tive que levar para que ela se sentisse aquela emoção na pele, conta Rachel.

E a Júlia fica tensa quando alguém brinca com seu time como, por exemplo, o porteiro de sua cheche, que insiste em amolar a pequena dizendo que ela é botafoguense. Ela muito indignada diz para o senhor:

- Eu já falei que não sou “matafogo”, eu sou FLUMINENSE.

Rachel confessa que morre de orgulho da reação natural da filha e que num certo dia Júlia fez uma reclamação sobre o tal porteiro com a moça da secretaria. A mãe teve que ir lá explicar a atitude voluntariosa da menina.

Com Davi ela pretende sair da maternidade usando uma roupinha do Fluminense.


Assim ele saiu da maternidade
O sorriso de Lorenzo

E o mais movo integrante da torcida Tricolor é o gracioso Lorenzo Lopes Mascarenhas, com quatro meses de pura fofura e orgulho da Rafaela Japa, integrante do núcleo feminino da Young Flu. Ela fez questão de vestir a cria com um macacão do seu clube do coração para sair da maternidade.

- Foi algo mágico, maravilhoso e especial ter em meus braços o meu menino vestido com as cores do meu Fluminense. Tenho muita sorte na vida, tenho uma família tricolor, e sou muito feliz. Vivo para eles e para acompanhar meu time, conta.

Japa afirma que a cada dia aprende mais com seu filhote tricolor e garante que vai ensiná-lo a amar o Fluminense com o mesmo amor que ela

- Vou passar para ele toda essa paixão que me domina, que me leva a loucura e faz eternamente feliz. Vou ensiná-lo a ser um tricolor de verdade, afirma.


O macacão que minha Lara usou pela primeira vez
 Infelizmente por enorme amor ao meu pai evitei afrontá-lo e usar um macacão tricolor para que meu primeiro filho, Ian, saísse da maternidade. Seu Eduardo Andrade, um desses vascaínos fanáticos, certo dia me fez o seguinte pedido:

- Minha filha não faça isso com seu pai. Deixe que Ian escolha por ele o clube que quiser.

E por respeito acatei. De nada adiantou. E olha que papai tentou de tudo. No entanto, Ian olhava para as minhas camisas com aquele brilho e não tardou a envergar sua primeira armadura. Daí o amor do meu pequeno só cresceu e até hoje é meu parceiro de Maracanã e ama o Fluminense tanto quanto eu.

Com a Lara foi diferente. Seu Eduardo me disse: “Você só vai colocar tricolor neste mundo. Usa a roupa que quiser”. Radiante fui lá comprar o macacão para que minha fadinha o usasse, afinal a primeira roupinha tinha que ter as cores do meu tricolor. O detalhe mais bacana é que não achei um macacão tricolor e sim branco, cor que visto hoje pela minha Young Flu, torcida que ela também adotou.

E ali estava eu a vesti-la com o macacão branco com o escudo tricolor e com lágrimas nos olhos, confesso. Foi como se estivesse entregando a ela o manto, meu grande amor, minha vida e fazendo uma espécie de pacto de amor eterno. Inesquecível este momento.



Natália e Clara em versão Tricolor
Para Natália Ramalho, integrante da Torcida Força Flu, a maternidade vai de encontro a alma da mulher, vai ao seu sentimento mais íntimo e faz com que tudo a partir daquele momento faça mais sentido!

- Agradeço todas às noites por tê-la ao meu lado, por poder ser Mãe; por poder ver seu crescimento dia a dia e por poder me derreter por esse pingo de gente, conta ela emocionada.


E sobre transmitir o seu amor tricolor para a filha ela já tem planos e garante que a bela seguirá seus passos. 

Nascida de ventre tricolor, o que esperar?

terça-feira, 19 de julho de 2016

Vamos fazer um corrente pelo Izo!



Nosso jogador Marcos Júnior promoverá um leilão da camisa que utilizou na final da Primeira Liga por um motivo muito nobre: ajudar a um pequeno tricolor.

- Conheci um menino sensacional que mora em Xerém e que precisa de assistência. Aloísio Baldutti Filho, conhecido como Izo, tem uma doença rara chamada linfangioma e precisa de tratamento adequado. Até o leite que ele toma é especial, conta  craque.

Sendo assim, o maior lance levará a camisa e todo o dinheiro será revertido para a família do menino. O leilão terá duração de 15 dias e os lances serão realizados na minha página oficial do jogador no Instagram. Ao final da data estipulada, ele entrará em contato com o vencedor através de uma direct message (DM).

- A causa é muito necessária e o torcedor, além de ajudar o Izo, vai ter a camisa do autor do gol do título da Primeira Liga em casa. Conto com ajuda da torcida Mais Linda do Mundo nessa causa. Saudações tricolores, diz Marcos Júnior

Doações podem ser feitas através da conta de Perla Gislene Rocha da Silva, a mãe do Izo.


Dados:

Caixa Econômica Federal 
Agência- 3065. Conta-0006611-1 
Cod-013. CPF-09969016717. 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Meu querido amigo Zé

A história de amor entre Jose Luiz Azevedo e o Fluminense começou antes mesmo do clube existir. Foi através de seu pai Jose Gabriel, nascido no ano de 1901, e que viveu por noventa anos amando o clube das três cores. Sua família paterna era toda tricolor e seus descendentes seguiram a tradição.

-Acho que comecei a ser tricolor umas duas horas antes de nascer, pois certamente, ainda no ventre de minha mãe, não poderia deixar de ouvir o rádio onde meu pai escutava a final do Torneio Início de 1941, quando fomos campeões. E só pude entrar no gramado da vida após o apito final, conta.

E no início da década de 50 foi levado pelas mãos de seu pai para conhecer o estádio das Laranjeiras. Imaginam um menino de apenas dez anos diante daquele deslumbre arquitetônico que é a nossa sede. Como ele diz: “um espetáculo para os olhos de um garoto. E era jogo mesmo, com aspirantes e 
profissionais”.

O saudoso pai Jose Gabriel 
E sabe de onde ele assistia aos treinos? Sentado atrás de um dos gols admirando seus maiores ídolos: Castilho, Píndaro e Pinheiro. Era assim que Jose Luiz passava suas tardes, entre um picolé e outro, observado o trio mais famoso do nosso tricolor.  

- Era tempo do tal Timinho, que na verdade era um timaço. Minha memória anotando tudo que meus olhos registravam: a bola de couro, os meiões tricolores, as chuteiras pretas com carrapetas no solado e até um gorrinho que alguns jogadores usavam. Tudo isso naquele imenso campo gramado, recorda.

E foi assim que ele tornou-se um tricolor cada vez mais apaixonado, num tempo onde as partidas eram ouvidas no rádio e disputadas em mesas de futebol de botão.

-Nas décadas seguintes pude acompanhar mais de perto tanto no Maracanã como nas Laranjeiras. E foram as três grandes décadas do clube; 60,70 e 80.

Ele diz que nesses anos marcou sua presença como um torcedor tricolor de fato e trouxe muitos novos torcedores, garimpados entre amigos e familiares.

- Com promessas de bandeiras e uniformes aliciei, no bom sentido, muitos torcedores mirins indecisos e que hoje me agradecem pela escolha, conta com um sorriso estampado.

Os times que mais o encantaram foram os que ele considera as três Máquinas: os de 69 e 70, 75/76 e 83/84 e 85.

- Tive muitas bandeiras que eram confeccionadas na máquina de costura de minha mãe. Comprei e troquei muitas camisas. Hoje ainda tenho algumas na gaveta, como agasalhos e bonés.

E uma das partidas inesquecíveis que ele presenciou tinha que ser um Fla x Flu, aquela final do Campeonato Carioca de 1969, com a vitória tricolor por 3 a 2, com gols de Wilton, Cláudio Garcia e Flávio, que foi o artilheiro da competição com 15 gols.

- É um jogo gravado na minha mente. E ao meu filho dei o nome de um formidável artilheiro chamado Flávio, que fazia o Maracanã tremer com seus gols, confessa.

Joze Luiz com o Filho Flávio no Maracanã

Ele prefere não citar nomes de seus ídolos, já que foram muitos espetaculares que viu jogar e seria “injusto nomear um e deixar outro de lado”.

E ao longo de sua jornada assistiu a diversas partidas e conheceu vários estádios do Brasil.

- Fiz de tudo para poder ir a certos jogos, indo ao cúmulo de sair direto do motel para o estádio. Perdi uma noitada mais ganhei um jogo, revela.
Jose Luiz gostaria muito de ver nosso clube com um estádio só seu, o que faz muita falta. E para os que vão seguir os seus passos ele clama que façam “com muito amor no coração porque é um privilégio que muitos nunca terão afinal o Fluminense é como um filho querido”.

A Calopsita Fofinha uniformizada

Assim como seu xodozinho, uma calopsita chamada carinhosamente por ele de fofinha, que veste sua roupinha com as cores do tricolor.

E eu pergunto a ele se pudesse fazer um pedido a Deus qual seria?

- Se for reencarnar, por favor, que seja numa família tricolor!

Tenho a certeza de que Deus atenderá a seu pedido querido amigo!


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Carlos Dias um homem de valor

Creio que minha amizade com Carlos Dias estava escrita nas estrelas tamanha a afinidade que sempre tivemos um pelo outro. Tudo começou no Facebook e o que nos uniu foi o amor pelo tricolor. No entanto não foi apenas isso. Criamos um laço forte e de muito carinho e amizade. Uma sintonia fina.

Até que numa bela tarde de domingo, dia de jogo do nosso time do coração, nos esbarramos por acaso no Maracanã. E nos reconhecemos de imediato e ali trocamos vários abraços e a felicidade ficou estampada em nossos rostos.

E Carlos Dias, apelidado carinhosamente por mim de “miguxo Love” tem uma bela história para compartilhar. Seu padrasto era Tricolor e como sempre o via assistir aos jogos com alegria contagiante ele, um menino de 13 anos, passou a prestar atenção no clube. Nessa época ele já jogava umas peladinhas na escolinha do Miguel Couto.

- As cores da camisa me chamaram atenção e eu me encantei e dizia para o meu padrasto que ainda jogaria no Fluminense. Me apaixonei aos pouquinhos e hoje se alguém fala mal eu fico nervoso. Só quem pode criticar sou eu. É meu time do coração, conta.

É claro que seu padrasto ficou bastante orgulhoso da sua escolha e o apoiava integralmente nos seus treinos. E por falar nesse sonho de jogar no Fluminense, no ano de 1979 ele fez testes no Olaria, no América e no Serrano de Petrópolis e passou em todos. Só que sua meta era o Fluminense. E eis que chega o dia do seu teste no clube, onde ele pleiteava a posição de goleiro.

- Chegando lá, Félix meu ídolo e campeão da Copa do Mundo de 1970, disse que eu não tinha altura para jogar. Fiquei revoltado, ele era menor do que eu. Como ele foi campeão sendo menor e eu não tinha tamanho para ser goleiro do Fluminense?. Fiquei arrasado. Voltei para casa e nunca mais fiz teste em clube profissional nenhum. Preferi continuar com as minhas peladinhas, relembra.

Como seu sonho era ser arqueiro ele cita Paulo Victor como seu grande ídolo.

-Ele agarrava muito e é um ser humano sensacional. Inspirava-me muito nele. E já que o assunto é ídolo não tenho como não mencionar o nosso eterno Casal 20. Eles eram maravilhosos dentro de campo.


Carlos e seu grande ídolo o goleiro Paulo Victor

Sua primeira camisa foi dada por um tio vascaíno que queria que Carlos torcesse pelo time da colina, só que não tinha mais jeito. Seu coração já estava tomado de amor pelo Fluminense.

E ele conta com muita emoção sobre a sua primeira ida ao Maracanã. Foi naquele Fla x Flu, de 1995, onde Renato gaúcho fez a torcida enlouquecer com o seu icônico gol de barriga.

- Foi uma loucura, uma mistura de sentimentos. Não sabia se ria, chorava, gritava, pulava, não sabia o que fazer. E quando o jogo terminou estava num estado de êxtase tamanho que permaneci dentro do estádio parado. Meus amigos me chamavam para ir embora e eu só consegui sai do Maracanã quando todas as luzes se apagaram, relembra.

Outro momento marcante foi assistir a final da Copa Libertadores, em 2008, onde o Fluminense disputaria o título com a LDU. Isso depois de uma campanha magnífica onde venceu o Boca Juniors e o São Paulo em jogos perfeitos.  

- Nunca esquecerei. Eu estava no trabalho e sai correndo para assistir o segundo tempo. Renato Gaúcho mandou o time tirar o pé e deu no que deu. Chorei feito uma criança. Não conseguia acreditar que depois de tanta luta aquilo estava acontecendo, desabafa.

Aquele jogo da Copa do Brasil, em 2007, também foi memorável. Nesta ocasião, ele trabalhava no Clube e conta que aconteceram coisas surreais neste dia.

- Estava de plantão e os jogadores queriam sair das Laranjeiras e a torcida não deixava. Tirei Fernando Henrique e o Ricardo Berna pelo parquinho do clube. Foi uma coisa de louco e que sempre levarei na memória.

Meu amigo trabalhou treze anos em seu cube do coração e segundo ele “foram os melhores anos de sua vida”.

Nesse momento percebo que sua voz fica embargada de emoção, embora ele tente seguir com a entrevista.

- Cheguei lá como fiscal de acesso, fui promovido várias vezes. Dei a minha vida, meu coração, me dediquei integralmente ao clube que movia com a minha paixão. Era sensacional conviver com a torcida, jogadores, trabalhar nos dias de jogos. Aproveitei muito, foi o melhor lugar que trabalhei, conta.

Carlos Dias com sua família nas Laranjeiras
Com a chegada de Peter que terceirizou todos os serviços do clube, meu amigo foi demitido. Mais uma vez sinto sua comoção.

- Hoje fico triste por não estar mais lá. Muita tristeza. Se você nunca viu um homem chorar, deveria ter me visto no dia em que assinei meu desligamento com o clube. Isso acabou comigo, declara visivelmente emocionado.

Neste momento pergunto se ele quer dar um tempo para se recuperar. Ele continua com a voz triste e sinto o choro preso na garganta. Definitivamente um guerreiro de extremo valor.

- Daí fiz a maior loucura pelo Clube. Chamei o Peter de safado e disse que ele não tinha amor ao Fluminense e não era tricolor. Ele não sabia nem o caminho da sua sala, desabafa.  

Alguns minutos depois, ele diz que está pronto para continuar e engato o papo falando do lado bom da vida.

- Os últimos títulos me alegram, as amizades que fiz dentro do clube e o carinho que recebo das pessoas até hoje são motivos de alegria. Eu era muito respeitado lá dentro e isso movia meu coração, me fazia bem, diz.

Seu filhote na sala dos títulos

E para meu miguxo ser Tricolor é tudo. "Primeiro a minha família, depois meu tricolor. É um amor incondicional". 

E uma das coisas que mais o impressiona é a torcida nos estádios

- Quando tem jogos do Fluminense e a torcida começa a gritar eu fico igual criança de boca aberta e olhando tamanha alegria. Nem consigo torcer direito. Aquela paixão que sinto no meio da torcida é coisa de louco. E eu tiro o chapéu para o que elas fizeram naqueles jogos da Libertadores. Nunca vi algo tão maravilhoso. Isso é inesquecível, afirma.

Sobre o amor de pai para filhos e netos, ele diz que nunca obrigou nenhum deles a torcer pelo tricolor. Tudo aconteceu naturalmente.

- Levava meu filho para o clube na época em que trabalhava lá e ele foi se apaixonando. Tempo atrás o clube vendia umas fraldinhas com o escudo estampado e eu sempre comprava pra ele. E cresceu assim, assistindo aos jogos, torcendo comigo, comenta.

E quando pergunto qual o seu maior sonho para seu Fluminense ele responde sem titubear: “ter um estádio para chamar de nosso e conquistar uma Libertadores”.

Carlos deseja que o nosso escudo seja conhecido mundialmente para que todos saibam que aqui no Rio de Janeiro existe um time que carrega consigo as cores mais bonitas que poderiam existir: o verde, branco e o grená.


Carlos e seus dois amores, o filho e o neto
Miguxo foi uma honra a nossa entrevista. Essa é minha singela homenagem a um tricolor tão apaixonado e que eu amo tanto.


Créditos das fotos: Arquivo Pessoal