domingo, 30 de outubro de 2016

Uma conversa com Deley

 
Deley comemora um dos títulos que ganhou

Falar de Deley é como voltar ao passado e recordar o passe maravilhosamente perfeito que deu para o nosso carrasco Assis marcar contra  Flamengo e garantir o Campeonato Estadual de 1983. 

Por toda sua estória no Fluminense é pessoa ideal para comentar o atual cenário em que o clube vive. Encontrei nosso eterno meia na festa de lançamento da candidatura de Cacá Cardoso e Diogo Bueno na última quinta-feira.

E foi no Salão Nobre das Laranjeiras que conversamos. Para Deley o Fluminense precisa se reerguer e parar de apresentar uma política pequena para o tamanho que o clube representa. Em sua opinião, a atual gestão é incompetente.

“O clube de um modo geral pode ser muito maior. O Fluminense não pode desprezar os ilustres tricolores que tentam nesta eleição vencer para redirecionar as coisas. Eles tiveram momento de conseguir um patrocinador muito forte e agora nessa construção do CT apareceu o Pedro Antônio que veio ajudar”, comenta.

E ele me diz que a atuação da atual dentro do futebol é uma catástrofe. Sem falar em coisas que, no mínimo, são antiéticas.

“Tivemos vice-presidente recebendo; temos um candidato que não pode assinar documentos legalmente; ouvia algumas estórias e nada foi transparente. Pairou uma dúvida”, completa.

Um timaço tricolor
Para ele é um momento do clube dar um salto de qualidade seja no futebol, seja em Xerém, que é nossa grande alma.

“Vejo o clube abandonado e temos tantas leis de incentivo, que poderiam ser usadas em uma série de coisas dentro das Laranjeiras e o que vemos é uma inércia” afirma.

Um presidente que vai deixar uma “batata quente” nas mãos dos que chegam e o craque faz um alerta aos tricolores.

“Espero que, acima de tudo, os eleitores tenham consciência sobre o que acontece e da oportunidade de poder eleger pessoas como o Cacá e o Diogo, reconhecidos em suas funções.

Deley na cerimônia de Cacá e Diogo: Mari Cezar
Ele me contou que veio como candidato nas últimas eleições, principalmente para contraditar a incompetência da diretoria que tem reinado há anos dentro do clube.

“Temos como diretor uma figura decorativa muito apresentável, uma embalagem bonita só que sem nenhum conteúdo”, coloca.

Pergunto ao nosso capitão sobre o silêncio e omissão do presidente quando a mídia bate no Fluminense de forma inadequada e deselegante.

“Veja bem sabemos que não foi o Fluminense que causou àquela situação com a Portuguesa. No entanto, a vaidade ou a inexperiência de uns e outros acabaram colocando o clube no meio daquele barulho. E nesse último caso do Fla x Flu. Eu estava lá e tive todo um sentimento de que houve realmente uma intervenção externa. Isso não pode”, diz ele.

Como parlamentar, briga muito pelo nosso Futebol.

"Sou um critico da CBF. Em minha opinião, eles não têm que se meter e sim deixar que os clubes cuidem dos campeonatos e resolvam as coisas entre si. A CBF cuida da Seleção Brasileira”, afirma.

Para Deley a falta de competência e de traquejo político são as principais marcas desta gestão Peter e isso faz com que o Fluminense se apequene. O que torna a situação ainda mais e preocupante.

Assis, Deley e Washington


Pergunto a ele qual o pior erro desta administração.

“Sabemos que o mercado está bem difícil, mas quando você tem pessoas sábias ao seu lado pode trabalhar. Outro dia citei o Santos de exemplo. A maioria dos seus ex-jogadores tem uma escolinha patrocinada pelo clube, um grande celeiro de jogadores de muita qualidade. Então isso pode servir de inspiração para Xerém. São pessoas que entendem perfeitamente o modelo de gesta que precisa ser implantado. Precisamos ajudar o Fluminense e não usá-lo. As pessoas precisam entender a dimensão do nosso Fluminense”, pontua ele.



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