Falar de Deley é como
voltar ao passado e recordar o passe maravilhosamente perfeito que deu para o nosso carrasco Assis marcar contra Flamengo e garantir o Campeonato Estadual
de 1983.
Por toda sua estória no
Fluminense é pessoa ideal para comentar o atual cenário em que o clube vive. Encontrei
nosso eterno meia na festa de lançamento da candidatura de Cacá Cardoso e Diogo
Bueno na última quinta-feira.
E foi no Salão Nobre das
Laranjeiras que conversamos. Para Deley o Fluminense precisa se reerguer e parar
de apresentar uma política pequena para o tamanho que o clube representa. Em
sua opinião, a atual gestão é incompetente.
“O clube de um modo geral
pode ser muito maior. O Fluminense não pode desprezar os ilustres tricolores
que tentam nesta eleição vencer para redirecionar as coisas. Eles tiveram
momento de conseguir um patrocinador muito forte e agora nessa construção do CT
apareceu o Pedro Antônio que veio ajudar”, comenta.
E ele me diz que a atuação
da atual dentro do futebol é uma catástrofe. Sem falar em coisas que, no
mínimo, são antiéticas.
“Tivemos vice-presidente
recebendo; temos um candidato que não pode assinar documentos legalmente; ouvia
algumas estórias e nada foi transparente. Pairou uma dúvida”, completa.
![]() |
Um timaço tricolor |
Para ele é um momento do
clube dar um salto de qualidade seja no futebol, seja em Xerém, que é nossa
grande alma.
“Vejo o clube abandonado e
temos tantas leis de incentivo, que poderiam ser usadas em uma série de coisas dentro
das Laranjeiras e o que vemos é uma inércia” afirma.
Um presidente que vai
deixar uma “batata quente” nas mãos dos que chegam e o craque faz um alerta aos
tricolores.
“Espero que, acima de tudo,
os eleitores tenham consciência sobre o que acontece e da oportunidade de poder
eleger pessoas como o Cacá e o Diogo, reconhecidos em suas funções.
Ele me contou que veio como candidato
nas últimas eleições, principalmente para contraditar a incompetência da
diretoria que tem reinado há anos dentro do clube.
![]() |
Deley na cerimônia de Cacá e Diogo: Mari Cezar |
“Temos como diretor uma figura
decorativa muito apresentável, uma embalagem bonita só que sem nenhum conteúdo”,
coloca.
Pergunto ao nosso capitão sobre
o silêncio e omissão do presidente quando a mídia bate no Fluminense de forma
inadequada e deselegante.
“Veja bem sabemos que não
foi o Fluminense que causou àquela situação com a Portuguesa. No entanto, a
vaidade ou a inexperiência de uns e outros acabaram colocando o clube no meio
daquele barulho. E nesse último caso do Fla x Flu. Eu estava lá e tive todo um
sentimento de que houve realmente uma intervenção externa. Isso não pode”, diz
ele.
Como parlamentar, briga muito pelo nosso Futebol.
"Sou um critico da CBF. Em minha opinião, eles não têm
que se meter e sim deixar que os clubes cuidem dos campeonatos e resolvam as
coisas entre si. A CBF cuida da Seleção Brasileira”, afirma.
Para Deley a falta de
competência e de traquejo político são as principais marcas desta gestão Peter e isso faz com que o Fluminense se apequene. O que torna a situação ainda mais e preocupante.
![]() |
Assis, Deley e Washington |
Pergunto a ele qual o pior
erro desta administração.
“Sabemos que o mercado
está bem difícil, mas quando você tem pessoas sábias ao seu lado pode trabalhar.
Outro dia citei o Santos de exemplo. A maioria dos seus ex-jogadores tem uma
escolinha patrocinada pelo clube, um grande celeiro de jogadores de muita
qualidade. Então isso pode servir de inspiração para Xerém. São pessoas que entendem
perfeitamente o modelo de gesta que precisa ser implantado. Precisamos ajudar o Fluminense
e não usá-lo. As pessoas precisam entender a dimensão do nosso Fluminense”,
pontua ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário