domingo, 30 de outubro de 2016

Uma conversa com Deley

 
Deley comemora um dos títulos que ganhou

Falar de Deley é como voltar ao passado e recordar o passe maravilhosamente perfeito que deu para o nosso carrasco Assis marcar contra  Flamengo e garantir o Campeonato Estadual de 1983. 

Por toda sua estória no Fluminense é pessoa ideal para comentar o atual cenário em que o clube vive. Encontrei nosso eterno meia na festa de lançamento da candidatura de Cacá Cardoso e Diogo Bueno na última quinta-feira.

E foi no Salão Nobre das Laranjeiras que conversamos. Para Deley o Fluminense precisa se reerguer e parar de apresentar uma política pequena para o tamanho que o clube representa. Em sua opinião, a atual gestão é incompetente.

“O clube de um modo geral pode ser muito maior. O Fluminense não pode desprezar os ilustres tricolores que tentam nesta eleição vencer para redirecionar as coisas. Eles tiveram momento de conseguir um patrocinador muito forte e agora nessa construção do CT apareceu o Pedro Antônio que veio ajudar”, comenta.

E ele me diz que a atuação da atual dentro do futebol é uma catástrofe. Sem falar em coisas que, no mínimo, são antiéticas.

“Tivemos vice-presidente recebendo; temos um candidato que não pode assinar documentos legalmente; ouvia algumas estórias e nada foi transparente. Pairou uma dúvida”, completa.

Um timaço tricolor
Para ele é um momento do clube dar um salto de qualidade seja no futebol, seja em Xerém, que é nossa grande alma.

“Vejo o clube abandonado e temos tantas leis de incentivo, que poderiam ser usadas em uma série de coisas dentro das Laranjeiras e o que vemos é uma inércia” afirma.

Um presidente que vai deixar uma “batata quente” nas mãos dos que chegam e o craque faz um alerta aos tricolores.

“Espero que, acima de tudo, os eleitores tenham consciência sobre o que acontece e da oportunidade de poder eleger pessoas como o Cacá e o Diogo, reconhecidos em suas funções.

Deley na cerimônia de Cacá e Diogo: Mari Cezar
Ele me contou que veio como candidato nas últimas eleições, principalmente para contraditar a incompetência da diretoria que tem reinado há anos dentro do clube.

“Temos como diretor uma figura decorativa muito apresentável, uma embalagem bonita só que sem nenhum conteúdo”, coloca.

Pergunto ao nosso capitão sobre o silêncio e omissão do presidente quando a mídia bate no Fluminense de forma inadequada e deselegante.

“Veja bem sabemos que não foi o Fluminense que causou àquela situação com a Portuguesa. No entanto, a vaidade ou a inexperiência de uns e outros acabaram colocando o clube no meio daquele barulho. E nesse último caso do Fla x Flu. Eu estava lá e tive todo um sentimento de que houve realmente uma intervenção externa. Isso não pode”, diz ele.

Como parlamentar, briga muito pelo nosso Futebol.

"Sou um critico da CBF. Em minha opinião, eles não têm que se meter e sim deixar que os clubes cuidem dos campeonatos e resolvam as coisas entre si. A CBF cuida da Seleção Brasileira”, afirma.

Para Deley a falta de competência e de traquejo político são as principais marcas desta gestão Peter e isso faz com que o Fluminense se apequene. O que torna a situação ainda mais e preocupante.

Assis, Deley e Washington


Pergunto a ele qual o pior erro desta administração.

“Sabemos que o mercado está bem difícil, mas quando você tem pessoas sábias ao seu lado pode trabalhar. Outro dia citei o Santos de exemplo. A maioria dos seus ex-jogadores tem uma escolinha patrocinada pelo clube, um grande celeiro de jogadores de muita qualidade. Então isso pode servir de inspiração para Xerém. São pessoas que entendem perfeitamente o modelo de gesta que precisa ser implantado. Precisamos ajudar o Fluminense e não usá-lo. As pessoas precisam entender a dimensão do nosso Fluminense”, pontua ele.



terça-feira, 25 de outubro de 2016

Pedro Abad promete gestão transparente

Pedro Abad ao lado do ídolo Castilho
O candidato Pedro Abad é um daqueles tricolores de berço e que recebeu toda a influência de seu pai. E foi assim que ele cresceu, pisando em solo tricolor.
Muito gentil conversou um pouquinho comigo para falar das suas expectativas.

“A campanha cresceu na hora certa, nesta reta final de cinco semanas. Temos o apoio de pessoas importantes. O Peter acreditou em mim e sabe que sou capaz de dar prosseguimento a esse projeto” afirma.

Ele quer a valorização do Futebol
Ele também conta com o apoio do Departamento de Esporte Olímpico. “Eles acreditam em nosso trabalho.  Somos os nomes certos para essa renovação”, diz.

Abad pretende continuar o trabalho feito pela atual gestão diz que “agora que a casa está arrumada, será a vez do Futebol”.  Por sinal, a valorização do Futebol é um dos pilares da sua campanha. “Quero tornar o Fluminense um clube modelo em gestão e futebol no Brasil”, finaliza.



Saudações Tricolores!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Diogo e Cacá: um Fluminense unido e forte


 
A dupla Cacá e Diogo ao lado dos mestres
A chuvinha que teimou em cair neste último sábado não foi motivo de desculpa para a dupla que defende o “Fluminense Unido e forte”, Cacá Cardoso e Diogo Bueno irem para o clube fazer a social e buscar novos seguidores.

E como os seus nomes surgiram recentemente nesta disputa pergunto por Pedro Trengrouse, até então o nome que disputaria a presidência. Diogo me explica que Pedro continua presente.

“Conversamos e achamos que os dois grupos para ganhar uma mobilização maior dado que tem programas e ideias de gestão para o clube e projetos para resolver sanar os problemas tão parecidos resolvemos nós unir. Pedro num ato de grandeza disse que ele não precisava ser presidente”, explica ele.

Houve um alinhamento de ideias e afinidades para o começo efetivo da campanha.



Cacá Cardoso reitera que todas as ações e iniciativas que sejam pelo Fluminense são válidas e muito bem vindas. “O exemplo do Pedro é uma demonstração disso. Grandes tricolores em torno de uma proposta séria, honesta e vencedora para o Fluminense” diz.

Se vencerem herdam uma “batata quente” e todos os problemas que a atual gestão deixou. Uma gestão marcada por alguns altos e muitos baixos.

- Como vão começar a colocar a mão na massa?

“Pela nossa equipe de grandes tricolores ilustres e qualificados, pessoas de sucesso em suas atividades profissionais. Vamos tocar o clube como ele merece. A partir de uma saúde financeira equilibrada, sabendo gastar de forma criteriosa. Vamos utilizar uma governança de primeira grandeza com o objetivo de torná-lo forte e campeão, dentro e fora do gramado. Respeitando a parte social, os esportes olímpicos e trazer a torcida mais próxima do clube” afirma Cacá.

- E tem algum projeto para começar os trabalhos?

Diogo explica que eles vão adotar um plano dos “Cem Dias” após a data da eleição, onde a equipe vai mergulhar dentro do clube a fim de identificar cada problema, cada detalhe e tentar resolver.

Galera da equipe

“Acreditamos em dois pilares. Primeiro é a gestão eficiente e equilibrada para todos os setores (futebol, esporte olímpico e o social) e a segunda é essa relação com a torcida em todas as suas esferas. As Organizadas, o sócio futebol, a torcida que mora longe. Achamos que está mais do que na hora de usarmos as redes sociais para o torcedor que está fora do Rio possa se sentir próxima, trazê-los para dentro do clube”, comenta.

Sobre essa questão do Fluminense ser tarjado de “time de elite” ambos querem abolir tal ideia e Cacá Bueno fala bonito sobre o assunto:

“A única forma que vejo do Fluminense como elite é do torcedor que se apaixonou por essas três cores que traduzem tradição, seja ele da Baixada ou Zona Sul. Nesse aspecto sim, ele é elite já que é um Tricolor”, resume.


O grená foi a cor da camisa da campanha 


- E as torcidas organizadas? Quais os planos para elas?

Cacá se adianta e diz que vai buscar um contato mais próximo com as TOs e somar os torcedores com a direção para remarmos na mesma direção.

"Temos a intenção de criar um departamento e colocar alguém preparado para cuidar especialmente das torcidas. Alguém com um diálogo aberto. Acreditamos que as organizadas são fundamentais para que a marca Fluminense seja levada por todo o Brasil e exterior. O mundo todo reconhece que o Fluminense é o Fluminense pelas belas e magníficas festas realizadas por suas torcidas no Maracanã e outros estádios de todo o mundo. Queremos resgatar essa alegria do tricolor. Trazê-lo de volta aos estádios e participar do espetáculo de uma forma bela e cívica, finaliza Cacá.

Por um Fluminense Unido e Forte!


Saudações Tricolores!








domingo, 23 de outubro de 2016

Fluminense, pipas e o Bar do Tênis



Campeonato de pipas nas ruas do Encantado. Meu lado jornalista gritou. Mudei de roupa e, depois de tomar meu café, fui ver de perto o festival de cores no céu deste domingo.

Pensei “posso encontrar um “tricolorzinho” no meio do caminho”.  Como Deus é Tricolor esbarrei em João Victor, de 13 anos, enquanto corria para pegar uma pipa que acabava de ser cortada. Passou voando e eu só conseguia olhar para aquele cabelo azul lindo.
Fui até ele e perguntei:

- Você gosta de futebol?

Ele respondeu:

- Sou Fluminense tia. Eu amo futebol. Eu adoro o Real Madrid e o Barcelona.

Cristiano Ronaldo ou Messi?

Ele disse com uma carinha de orgulho do jogador: Messi.

E João acalenta o sonho de se tornar um jogador profissional. “Seria muito bom se alguém me descobrisse”, diz o menino do cabelo azul. E neste momento ele me mostra a sua camisa do Fluminense e, para espanto meu uma camisa do título de 84, igualzinha a minha.

Alegria falar de Fluminense desta forma. Vivenciamos uma fase conturbada e a torcida está insatisfeita. Hoje temos uma batalha contra o Coritiba, no Couto Pereira, seis e meia da tarde. Os tricolores ainda sob o efeito das graves falhas do zagueiro Gum. E olha que coisa, esse jogo será a 350 vez que ele entrou em campo para defender a armadura tricolor. Momento mais ingrato, tanto para ele quanto para nós. Difícil esquecer o festival de tropeços cometidos por ele na partida contra o São Paulo e o gol contra no Sport. Já deu Gum. Desejo que você hoje seja feito o João Victor e faça um partidão, cumpra a missão de defender a nossa camisa.

Creio que o Coritiba vem com sangue nos olhos. Estão muito próximos da Zona de Rebaixamento, sem falar de certa crise. Tem também a estreia do técnico Carpegiani.

Vamos Vencer Nense!!!!!!!

O Fluminense acima de qualquer disputa

Jota Luz, Valter Veloso, Tropeço e Wagner Aieta

Cacá Cardoso e Diogo Bueno em papo casual
Mudando de assunto, foi muito agradável o almoço no Bar dos Guerreiros com muitos tricolores, inclusive os candidatos Doutor Francisco Horta; Cacá Cardoso e Diogo Bueno; Mário Bittencourt e Pedro Abad. E tudo em plena sintonia e respeito entre as partes. Muito tricolor já escolheu o seu favorito e a partir de agora é guerra! Tricolor em toda terra se engaje nesta eleição e escolha com cuidado. Falamos de Fluminense.

Na hora em que dei um pulinho na arquibancada encontro os queridos Marcelo Santos Terra e Marleci assistindo o treino. E eles são um grande exemplo de respeito pela opinião divergente para o presidente. Ele com o Abad e ela com o Mário. “Acima de tudo somos tricolores. Queremos um homem preparado para cuidar com mão forte a instituição. Montar um time competitivo, queremos títulos e que o Fluminense pare de ser tão achincalhado”, me dizem.






E Feliz Aniversário Pelé! Grata por ter deixado um legado tão marcante no futebol mundial.

Uma dica. Os olhos são o espelho da alma.

Saudações Tricolores !!!!!!


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Fluminense perde jogo e candidato é ovacionado




Uma falha na zaga do Fluminense levou o time a perder de virada para o São Paulo, na noite de hoje, no estádio Giulitte Coutinho. A partida foi um festival de altos e baixos e o Tricolor paulista na luta contra o rebaixamento quebrou um jejum de cinco jogos em a vitória. Por outro lado, o Fluminense perde três pontos importantes e cai para o nono lugar da tabela. Sendo assim, sai do G-6. 

Uma lástima foi a saída do atacante Marcos Junior. Ele passou mal no primeiro tempo e foi substituído pelo Marquinhos. Fez muita falta e a derrota é preocupante. A cada dia vemos um time despreparado e sem a qualidade necessária para enfrentar grandes adversários, quem dirá uma Libertadores. Com toda a franqueza.

A torcida estava lá, firme, forte e no final muito decepcionada com a atuação do elenco. Gum sai vaiado. Só que quem escala é o técnico. Não vejo a assinatura de Levir depois de tanto tempo como comandante do nosso Tricolor. Ele não consegue fazer o time mostrar um futebol bonito e constante. Com a derrota, a Libertadores fica mais distante.


Celso nas arquibancadas
E o candidato Celso Barros também foi ao jogo e a real é que ele foi ovacionado pelos tricolores enquanto caminhou em frente a todas as bilheterias e o estacionamento. Ele literalmente parou o trânsito. 

Muitos cantavam "É o campeão voltou, o campeão voltou" e "Sai da frente, Celso Barros presidente". Entoaram também o clássico "Recordar é Viver! o Celso ajudou a vencer".


A assessoria de Barros informou que todo o estoque de camisetas levadas para serem distribuídas no estádio acabaram, assim como o material de campanha. Gol de placa para ele.


Celso Barros tira foto com a torcida 


Um momento de emoção foi o minuto de silêncio em homenagem a nossa amada tricolor Fernanda Britto, ex-componente da Torcida Young Flu e assídua frequentadora dos jogos.

sábado, 15 de outubro de 2016

O dia dos candidatos no Fluminense





Celso e seus amigos, entre eles Valter Veloso da Força Flu

Sábado é dia de visitar o Fluminense e como estamos na corrida para as eleições, os candidatos à presidência também marcaram presença. Tudo com o intuito de ouvir os torcedores e angariar novos adeptos.

Doutor Celso Barros praticamente parou o clube ao chegar. Inegável o seu carisma junto ao Tricolor.  Assim que entrou encontrou-se com Carlos Eduardo Cardoso e Diogo Bueno e por um bom tempo conversaram amistosamente. Ambos parecem dispostos a um novo encontro para debater diversos assuntos.

 O pessoal de apoio da campanha de Barros
Depois do papo, Barros caminhou pelo clube e falou com todos, sempre com muita elegância e simpatia. Muitos o abordaram com perguntas e algumas questões relevantes e que deixam a torcida preocupada.

Outra conversa a ser destacada foi a que Celso teve com o pessoal do Esporte Olímpico, já que ele quer revigorar a categoria tão esquecida pela atual gestão. Ele falou com Ricardo Lopes, Márcio Trindade e Ramon.


O candidato percorreu todo o clube
Se Celso foi ao clube estar frente a frente com nossa torcida, Pedro Abad preferiu enviar moças trajando a camisa de sua campanha para que estas distribuíssem panfletos, bandeirinhas e material. Percebia-se claramente que era um pessoal contratado, como cabos eleitorais. Quem sabe até pagos para fazer o trabalho.


Mário Bittencourt e Ricardo Tenório receberam seus convidados e aliados na churrasqueira e o clima parecia amistoso. Ali permaneceram. 



Para Fernanda com Amor

Fernanda e seu amor explícito pelo Fluminense


Minha querida Fernanda

Essa será a minha última cartinha para você. É uma forma que encontrei para te homenagear antes de sua partida. Fico imensamente triste por não termos nos encontrado antes desse fatídico dia. A vida tem dessas coisas. Encontros e desencontros.

E no seu perfil do Facebook você se traduz: “Vivo no estilo Carpe Diem. Respeito para ser respeitada. Se for necessário falo a verdade na cara”.

E você era assim mesmo. Transparente, sincera, amável, sem tempo ruim. Só não podiam pisar no seu pé.

Quero guardar as melhores lembranças com você junto com as meninas, Tato, Carlinhos, Henrique e todos os nossos parceiros que se encontravam naquele cantinho do Bar dos Guerreiros, ponto de encontro antes dos jogos maravilhosos que assistíamos. E lá chegava você sempre com aquele sorriso farto no rosto, sorriso este que dava lugar as lágrimas quando o Fluminense perdia a partida.

Ela no meio dos amigos no Bar dos Guerreiros
Quantas vezes a vi sair do Maracanã com os olhos vermelhos de tanto chorar. E isso era tão lindo em você. Acho que por que as lágrimas eram de paixão e amor pelo Fluminense. Assim como aquela bela tatuagem que ela tinha tanto orgulho, sua maneira de marcar na pele o se grande amor. Amor igual não se viu.


Pergunto quem não gostava de ti? Acho que não tinha um tricolor em toda a terra que não te adorasse. Quantas caravanas, quantas viagens para estar perto do nosso tricolor.Imenso Amor.

E você era divertida mesmo quando ficava irritada, era engraçado te ver xingando o juiz ou reclamando de algum jogador.

E cheia de vida e animação você se vai. Eu soube através da Beth Mattos e fiquei paralisada por alguns minutos olhando para o post e a única pergunta que passou pela mina cabeça foi “como assim?”. Mais uma da Fiel Tricolor que se vai.

Uma notícia surpresa ruim e que abalou a toda a família tricolor que te ama tanto. Os comentários carinhosos no Facebook mostram o quanto era amada.

Bel e Fernanda, amigas inseparáveis
Bel Marques, uma de suas melhores amigas me emocionou muito com a música do Legião Urbana, escolhida para tentar mensurar o tamanho de sua dor:

"... agimos certo sem querer, foi só o tempo q errou, vai ser difícil sem você, porque você esta comigo o tempo todo. E quando vejo o mar, existe algo q diz, q a vida continua e se entregar é uma bobagem. Já q você não esta aqui, o q posso fazer?? É cuidar de mim..."

E Bel continua:

‘Vou sentir tanta sua falta, minha loira. Muita coisa. Sempre comigo, mesmo que indiretamente. Aprontou sua última traquinagem, né, biscoito?!?... Sem o que dizer... Deus te receba com festa. Era disso q você gostava’, diz com dor no coração.

Uma Guerreira Tricolor que transformou-se numa estrelinha nesta imensa constelação.  Tenho a certeza de que será recebida pelo Tato e reencontrará sua mãe querida. Nós que permanecemos vamos rezar e te manter viva em nossas memórias.


O sorriso contagiante e a alegria de ser Tricolor 
Achei lindo esse pensamento do meu querido Ary Queiroz:

“Pense em mim assim. Pense nessa maravilhosa morada onde não existe a morte e onde, juntos, viveremos no enlevo do mais puro e mais intenso, junto à fonte inesgotável de alegria e do amor. Se você verdadeiramente me ama, não chore mais por mim. Eu estou em paz.” Que assim seja minha amiga.

E sobre a saudade? Bem, vamos aprender a conviver com ela e vou usar um belo verso de Clarice Lispector:

“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida”.

Te amamos Fernanda <3

Saudações Tricolores.






quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A Magia do Fla x Flu

Acordei bem cedo e antes mesmo de escovar os dentes e tomar meu café, coloquei uma de minhas blusas de sorte do Fluminense. Devidamente trajada deu vontade de escrever sobre esse clássico que é tão mágico, especial e, com todo o respeito aos outros times, a partida mais maravilhosa do mundo. Não tem Cruzeiro x Atlético Mineiro; não tem Grenal; não tem Corinthians e Santos. O clássico mais belo do mundo é o nosso e hoje é dia de todo tricolor fazer uma corente positiva e de amor para apoiar nosso time que enfrenta o rival, às 21h, no Raulino de Oliveira.

Falei com tricolores apaixonados e alguns de nossos ex-jogadores para ouvir deles um pouco deste mistério que envolve o grande clássico.

O primeiro deles foi o melhor arqueiro que vi defender nossa camisa, Paulo Victor que destaca a partida disputada em 1984.

Nosso arqueiro com a taça nas mãos

“Tive uma participação maior com aquele gol do Assis aos 45 do segundo tempo e eu pude aparecer muito nesta partida. Um Fla x Flu marca muito e jogar este clássico é inesquecível. Só quem já jogou o clássico sabe como é”, diz ele.  

Nosso capitão Duílio afirma que o de 1983 ficará para sempre na memória.

''Foi o jogo da final onde Assis marcou e demos um pontapé para aquela equipe fantástica de 83, 84 e 85. Acho que se não tivéssemos sido campeões não teríamos sido lembrados até hoje por um grupo de jogadores que eram guerreiros. Foi um jogo difícil, que decidia um título e haviam muitas coisas envolvidas.  Penso que aquele gol aos 45 minutos do segundo tempo veio coroar o trabalho numa Taça Guanabara invicta de um grupo que quase ninguém acreditava e que tinha sido eliminado no Brasileiro precocemente, onde faltavam muitas coisas. Só que esse grupo deu a volta por cima. E não éramos os favoritos e sim o Bangu e o Flamengo. Empatamos com o Bangu e o segundo jogo que era para ser Bangu e Flamengo foi um Fla x Flu. Em campo, Fluminense foi grande como sempre. Foi um jogo tático, estudado, complicado e no final a brecha que nos foi dada, a minha bola para o Deley e dele para o Assis. Veio o gol no final e não teve mais tempo. Todo Fla x Flu é grande e sempre digo que quem jogou em ambos os clubes e nunca participou deste clássico não sabe o que é jogar nessas duas equipes”, afirma.

Nosso Capitão e a alegria de erguer a Taça
Para nosso querido Duílio, o Fla x Flu e algo que emociona em qualquer lugar do planeta e ele aproveita para agradecer ao carinho que recebe da torcida até hoje e diz que quem é tricolor de verdade tem ótimas recordações deste título.

“Como capitão pude erguer a Taça nas tribunas do Maracanã, tive esse prazer e essa honra que só o Fluminense pôde me proporcionar”, comenta.  

Agora vamos aos torcedores ilustres de nosso tricolor como o Valter Veloso, um dos fundadores da torcida Força Flu. Esse pode bater no peito com orgulho e dizer que desde o ano de 1963 assistiu a todas as finais que envolviam o Fla x Flu. Ele tem alguns favoritos como o de 1969 e faz questão de ressaltar que esse era o seu time predileto. Os de 83 e 84 com os gols de Assis também são eternos, assim como o gol de barriga de Renato Gaúcho.

Momento mágico onde Renato Gaúcho foi Rei
“É o maior clássico do mundo e mexe com todos. Uma decisão conta o Flamengo é a coisa mais bonita do mundo, é tudo na vida. Ver o Maracanã lotado e aquele colorido das arquibancadas saltar aos olhos é inexplicável”, afirma.

E assim pensa seu companheiro de torcida, Matozo Portaluppi, que por tanto amor e gratidão ao Renato Gaúcho passou a usar o sobrenome de seu craque do coração.

“O Portaluppi é uma forma de reverenciar o meu ídolo e enquanto for vivo Renato será imortal” afirma.

É óbvio que seu clássico inesquecível foi aquele do gol de barriga.

“Tenho uma tatuagem no corpo 1902, que se refere ao nascimento do Fluminense. A próxima que já está marcada será 1995 em referência ao ano mais importante para mim como torcedor do Fluminense. Aquele 25 de junho de 1995 foi o dia mais feliz da minha vida, junto com o nascimento dos meus filhos claro. Foi o maior jogo da história do Maracanã. Eles jogavam pelo empate. E no meio dia já partimos para o estádio. Assisti o jogo na geral”, conta ele.



Para Matozo, o maior jogador da história do Fluminense é o Renato Gaúcho e ele adora as declarações do craque nos finais de jogos

“Tem uma que ficou marcada na memória e na minha vida: “Somos operários sim. Não temos vergonha de falar. Eles ganham mais do que a gente. Só que amamos nossa camisa e fomos campeões”, recorda.

Para outro grande tricolor, Maurício Lima é difícil falar qual foi o melhor Fla x Flu. No entanto ele cita o de 1995. De novo o gol de barriga do Renato Gaúcho levou esse tricolor ao êxtase.

“Nesta época fazia uma dieta muito forte e no dia do jogo estava em jejum, nem pensei em comer. Tensão total. E na época estava na Young Flu batucando e vendo o pessoal indo embora, pois o Flamengo empatou o jogo. Até que peguei o surdo e comecei a gritar sobre o Assis:

 “Gente vamos cantar, Assis fez um gol aos 45. Vamos acreditar”.

Faltando três minutos para terminar, Ailton invade a área chuta e eu nem vi a bola bater na barriga do Renato. “Só a vi a rede balançar. E com eu estava em jejum cai no chão e desmaiei, fiquei dois minutos em outra órbita. Quando abri os olhos, uns segundos depois o juiz apitou o final do jogo. Foi sensacional esse momento. Esse título foi muito importante para mim. Um ano antes o Alcides Antunes tentou contratar o Renato Gaúcho, que foi para o Atlético Mineiro. No entanto, ele não estava feliz lá e eu participei dessa negociação para ele vir para o nosso Fluminense e eu fui recebê-lo com bandeira e tudo. Tenho orgulho disso. Foi um ano sensacional” diz orgulhoso.

Wagner Aieta, do grupo Vence o Fluminense, tem um Fla x Flu que memorável, pois faz parte do começo da sua ida aos estádios. A final do Campeonato Carioca de 1983.

Assis comemora o gol com seu companheiro Washington
“Como de costume, a maioria tinha mania de sair antes do jogo para evitar confusão. E quando Assis fez o gol da vitória eu estava na rampa de descida. Não vi o gol, só ouvi o pessoal vibrando. Depois vi pela televisão o lançamento primoroso de Deley para Assis que invadiu a área e chutou. A bola passou por debaixo do pé de Raul. Subi correndo a rampa e nunca mais sai do estádio antes do apito final. E quanto à mística, ganhar do Flamengo é a melhor coisa que tem, a gente passa do limite. E não posso deixar de comentar o dia da barrigada. Não tem um flamenguista que não se lembre disso. Calou a torcida deles que já gritava é Campeão. Acho que até hoje quando eles olham as fotos, devem tremer, chorar, sair do comum, diz num tom brincalhão.
Meu amigo jornalista e ex-colega de redação Affonso Nunes diz que o clássico tem um componente grande de rivalidade que é bem trabalhado no imaginário popular. Tanto que é reconhecido como um dos grandes clássicos do futebol mundial.

“E o mais famoso do futebol brasileiro. Não existe outro que supere essa mística. É um jogo de contrastes. É tão importante que até o Eurico Miranda tenta nós roubar isso, essa rivalidade maior. O Vasco tenta fazer com que as pessoas acreditem que a maior rivalidade do Flamengo é o Vasco e nunca foi, comenta.

Para ele um dos mais especiais também foi o de 1995.

“Éramos Davi contra Golias. O Flamengo tinha um time no papel espetacular mais que já havia tido tropeços com o Fluminense no turno e no returno e quando chega o dia da decisão tínhamos uma desvantagem, tivemos jogadores expulsos, conseguira reagir, foi um jogo de grande emoção. Talvez os melhores roteiristas de filmes de suspense não imaginassem a dramaticidade daquele desfecho, de alternância de possibilidades, frisa ele.

Um detalhe divertido. Na época em que trabalhamos no Jornal do Brasil na podíamos usar camisas de times. Então nos dias de jogos do Fluminense, que assistíamos com a editoria de esportes, íamos trabalhar com roupas das cores do clube. Era uma camisa branca com outra verde por cima; uma polo grená com calça verde; valia a criatividade e tudo pelo Fluminense.

Eu também amo o clássico de 1995. No entanto como não posso deixar de falar do meu amado Ézio, um carrasco do Flamengo, destaco aqui a partida disputada em 1994 onde o Fluminense venceu por 3 x 0. E olha que estávamos cinco jogos sem vencer o rival. E no dia 16 de novembro de 1994, no Maracanã, Luiz Henrique abre o placar aos 34 do primeiro tempo. Até que Ézio e dia inspirado marca o dele sete minutos antes do final da partida. A torcida com a respiração presa e com a fé de João de Deus não parava de cantar até que um pênalti foi marcado e nosso Super Ézio deixou sua marca.

Só quem é tricolor sabe o prazer de torcer e envergar a camisa mais bela do mundo. Desejo que hoje, nossos guerreiros entrem e campo com determinação, foco e futebol para que essa torcida maravilhosa possa se esbaldar de alegria em Volta Redonda.

Fluminense Eterno Amor!


Saudações Tricolores