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Quadro do casal faz parte do acervo do Museu Histórico Nacional |
“Ao ver-te saltar para um torneio atlético, sereno,
forte, audaz como um vulto da Ilíada, todo o meu ser vibrou num ímpeto
frenético. Como diante de um grego, herói de uma Olimpíada. Estremeci fitando
esse teu porte estético, como diante de Apolo estremecera a dríada, Era um
conjunto de arte esplendoroso e poético, enredo e inspiração de uma
helioconíada, No cenário sem par de um pálido crepúsculo tu te lançaste no ar,
vibrando em cada músculo, Por entre as aclamações de massa entusiástica. Como
um Deus a baixar do Olimpo, airoso e lépido, tocaste o solo, enfim, ardente,
intrépido, belo na perfeição da grega e antiga plástica”.
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Marcos com uniforme tricolor |
Tudo bem que o porte atlético do rapaz contribuiu para
que a moça se tornasse presença assídua nas Laranjeiras, mas ela já era
apaixonada por futebol desde os seus treze anos. Foi quando voltou de uma viagem
pela Europa trazendo na mala livros de poesia e algumas bolas de futebol transformando-se,
então, numa incentivadora do esporte. E ela mandou ver e foi treinar com os
operários da fábrica de seu pai. Ensinava o jogo e dava instruções aos rapazes durante
as partidas.
Em seu segundo livro "Alma", em 1922, a
poetisa introduziu o tema do futebol na poesia brasileira, o que contribuiu
para a difusão e popularização do esporte. Pela obra recebeu o título de "primeira mulher brasileira a tratar de futebol".
Marcos Carneiro de Mendonça foi um historiador,
escritor e jogador de futebol brasileiro, tendo jogado no America, Seleção
Brasileira e no Fluminense Football Club. Foi o primeiro goleiro da Seleção Brasileira, sendo titular
por nove anos, conquistando os campeonatos sul-americanos de 1919 e 1922.
Começou a sua carreira no time do América e estreou
justamente contra o Fluminense, clube ao qual dedicaria grande parte de sua
vida, ainda em 1910.
Insatisfeito com os rumos do América transferiu-se para
o Tricolor em 1914 e ocupou a posição de goleiro titular até 1922. Em 127 jogos
pelo Flu, sofreu 164 gols e foi tricampeão carioca em 1917/1918/1919. Foi
presidente do Fluminense F.C., conquistando como dirigente, o bicampeonato
carioca em 1940/1941.
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O Goleiro e a Poetisa: amor eterno |
E diante de tanto amor, nosso goleiro não resistiu e
casou-se com a adorável Ana Amélia. Definitivamente uma história de amor
tricolor com final feliz.